quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Just take care!


Nem tudo o que é nosso, é realmente nosso.
Por vezes permanecemos na nossa indução errada de que somos a nossa carne e ainda carne dos outros, matéria vital para o funcionamento regular, inteiro e decisivo daquilo que é a vida dos que nos rodeiam. Obtemos sempre, e como é óbvio e constatável por todas as experiências que já vivenciamos, uns mais e outros menos, um papel destacável mas não total do que é ajudar e ser companheiro e todas as horas, ou não sendo de todas, que seja, de algumas. A decisão é sempre tomada por nós próprios, tendo em conta as ajudas exteriores dos que nos amam, ou ajudas dos que nos não amam para poderem, por terra, verem caídos os nossos mais arrojados desejos, mas a palavra final parte de nós, e é nessa altura que nos tornamos um todo feito apenas pela nossa própria massa, massa essa  consciente e totalmente independente das ideias, preceitos  e doutrinas dos demais. Se achamos de devemos colocar um ponto final a um determinado assunto, temos a opinião deste, os contras e os prós, os gregos e troianos, os romanos e cartagineses, que em algo sempre discordarão aconteça o que acontecer! Temos os factos e analisa-mo-los cuidadosa e eficazmente. Agora surge a decisão, mas essa parte inteiramente de nós, pois é totalmente inevitável que nos alheemos do que sentimos relativamente ao assunto em questão. Em suma: não interessam as opiniões dos demais, apenas interessa que acabaremos SEMPRE  por seguir aquilo que nos fala o interior.
É assim em tudo na nossa vida, quando amamos, amamos para que o Amor seja um dom e não um passatempo dos dias dourados e ternos que nos traz o caloroso Verão, para que depois este morra no areal, num pôr-do-sol nostálgico e doentio. O Amor é o dom da vida "... o amor é a fonte que jorra a vida." disse eu, nas minha citações. O Amor tem de ser a Primavera de sempre, a Primavera dos povos, o renascer todos os dias para uma nova vida, para uma dádiva dos deuses que  acordam do sono da frieza e da crueldade, da solidão, do desleixo e do abandono que nos trouxe  o Inverno. Há que renascer, há que enterrar a morte e viver de novo para que, juntos sejam felizes numa Primavera que pode durar por uma época, ou dar rebentos por toda a eternidade. Mas acalmar-me-ei, porque para mim, o Inverno ainda é vigente. 

Sem comentários:

Enviar um comentário