sexta-feira, 29 de junho de 2012

Saída... (Mariano Fonseca)

Uma entrada.
Uma mísera entrada.
Apenas uma entrada.
Uma entrada que se tornou saída.
Um pequeníssimo passo que se tornou uma mesquinha pontapeada para o abismo da lembrança. Uma saída...
Apenas um sítio, apenas uma porta, apenas uma janela, apenas um sala de quatro cantos, tão simples, tão peculiar que os homens não reparam na diferença que ela faz do restante espaço terreno. É apenas uma mera divisão, que não é coberta pela talha dourada nem ostentada com majestosos cortinados de veludo... Apenas uma divisão.
Divisão essa que mudei hoje radicalmente.
Radicalmente.
      Radicalmente.
            Radicalmente.
Não é um espaço vazio nem o poderia tornar nisso, pois as leis naturais da regência do sentimento humano jamais me permitiriam empreender tal coisa.
Cheiros, perfumes, odores, sensações:
        Mesclados.
    Mesclados.
Mesclados.
Tornavam'se profundos, no entanto, quase apagados! Ah! Que carícias me faziam aqueles tecidos magníficos com perfumes saborosos de outrora! Que profundas sensações de moderação infinita! Que cambaleio de sentimento! Que mudança estagnante!
Apenas a purificação do tecido pela água. Apenas a tentativa da remoção extrema de um perfume divinamente eterno. Apenas o sentimento caloroso entranhado nos panos que a mulher lava no Rio Estige.



Mariano Fonseca

quarta-feira, 13 de junho de 2012

My beliefs!


Acreditar.
Boa palavra, para se refletir acerca dela mesma.
Alguém sabe o que é acreditar? Bem, na minha perspetiva, acreditar é ter a confiança de que somos capazes de algo e que podemos alcançar determinadas metas! Mas essas metas não podem ter um limite, porque quando acreditamos não podem haver limites! A linha do horizonte é um limite? Há quem diga que sim, eu digo que não! Não é porque de lá advêm milhentas coisas nas quais penso e de lá saem todos os desejos e todas as minhas metas. O horizonte é o fascínio de qualquer ser humano, quer digamos que o é ou quer o neguemos! Deixe'mo'nos reger por ele!
Mas como dizia, acreditar tem de ser uma meta sem limites, porque nós somos feitos das nossas crenças e a nossa felicidade é fruto desse "acreditar". Há'que acreditar em tudo aquilo que achamos que vale mesmo a pena! Eu tenho vários exemplos de experiências vivenciadas por mim, nas quais eu não acreditava totalmente mas teimava em voltar a tentar "Só mais esta! Desta é que vai ser! Não vai passar daqui, agora vamos conseguir!"... Mas agora chamo a isso as crenças falsas e que acabaram vetadas! Mas o que é que isso me fez? Fez'me bem? Fez'me mal?
Acaba sempre por nos fazer um mal muito grande, porque vejamos assim, posso até ter um momento de felicidade enquanto tentava, mas eu sabia bem que aquela felicidade tinha os dias contados! Lá está, era uma felicidade baseada numa crença que eu sabia, era falsa, mas eu insistia em querer acreditar nela! Mas consegui ter uma ilusão de acreditar nela, mas nunca nunca acreditei a 100% nela, porque as provas não me faziam poder acreditar. Depois de tentarmos tudo e mais alguma coisa com aquela felicidade efémera, vem a parte decadente e extremamente depressiva que acaba connosco! Não nego, essa fase depressiva atingir'nos'ia á mesma, mas é muito mais violenta quando é depois de uma crença falsa, porque aí vem misturada com uma revolta violenta, os porquês violentos, etc, etc...
Conclusão: lutem pelo que realmente acreditam, porque a vida traz'nos muitas coisas nas quais devamos acreditar com todas as nossas forças, mas também nos traz muitas crenças falsas, mas a vida ensina'nos a separá'las para que nos possamos reger da melhor forma! As crenças falsas matam, as verdadeiras rejuvenescem! ;)